O Lenhador e o Pregador


“Se estiver embotado o ferro, e não se afiar o corte, então se deve redobrar a força; mas a sabedoria é excelente para dirigir.” Ec 10:10

Um bom lenhador afia o machado antes de sair para o trabalho. Ele sabe que quanto mais afiado estiver o machado mais eficaz será o seu trabalho e menor será o seu esforço.  Ele sabe que esta preparação é necessária para que o machado corte com precisão e cumpra o propósito dele que é cortar.

Por outro lado, o lenhador negligente não tem nem mesmo o cuidado de verificar como está o corte do seu machado. Não se importa se o seu machado  está enferrujado ou cego. O dia de trabalho deste lenhador será enfadonho, ele deverá imprimir uma força bem maior que o lenhador diligente, pois seu machado não corta, ao invés disso ele fere. Ele até derruba a madeira, mas na força do seu braço do lenhador, não da qualidade do corte do machado.

Pegue um madeira cortado por um bom machado e uma madeira cortada por um machado sem corte. Você nota a diferença pelo trauma causado pelo machado cego, foram muitas machadadas para cortar, aquele machado mais parecida um martelo, enquanto a outra madeira tem o corte preciso e direto, pois aquele machado estava afiado.

O pregador é como um lenhador. Ele também precisa afiar o seu machado, precisar preparar o seu sermão, ler, estudar, meditar e orar. O pregador que sai de casa para pregar sem estar preparado irá acabar ferindo a madeira, ele irá agir na força do seu braço, e não produzirá um resultado tão eficaz como o pregador diligente. Em alguns casos, o machado está tão cego que não será capaz de derrubar a madeira, deixando apenas um estrago.

Afiar o machado é uma tarefa prévia, acontece antes do trabalho em si. Preparar um sermão, ler o texto e meditar nele é uma tarefa prévia. Requer tempo, dedicação, esmero. Lembre-se: Quanto mais afiado, menor a força humana, maior a precisão do trabalho.

Aquela mensagem precisa estar pulsando em seu coração. Você precisa estar vivendo aquela mensagem para que ela seja cada vez mais eficaz, e produza o resultado para o qual ela for enviada.

Talvez um obreiro negligente que não se empenha nos estudos das Escrituras e acredita ser desnecessário um estudo prévio e uma preparação de suas ferramentas possa usar a própria Bíblia para justificar seu desleixo, dizendo que o Espírito Santo é quem trabalha e que no momento exato em que ele abrir as Escrituras uma luz vem dos céus e revela a Palavra ao seu coração e ele transmite à Igreja.

Sim. Deus é capaz de fazer isso, e faz quando quer. Mas essa não é a regra, é a exceção.
O pregador que sobe no púlpito sem se preparar irá preencher o tempo da pregação falando com muito esforço, tentando utilizar de ferramentas da oratória, da retórica e diversas frases de efeito, mas no fim, a mensagem não será entregue como deveria. No fim, muitas das “madeiras” que deveriam ser cortadas, aparadas, derrubadas por aquele machado estarão mais feridas do que aparadas, cortadas e derrubadas.

Meu amigo pregador, afie o seu machado. Seja mais diligente, Deus conta com você e lhe capacita, dedique-se um pouco mais, há uma multidão que aguarda ouvir as palavras que irão sair da sua boca. Seja fiel, Deus o honrará!

“Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor."  (Mateus 25 : 23b)





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